sábado, 31 de dezembro de 2011

E esse Tempo que não para: vai-se 2011!

Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.
Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar.
Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado.

1 Coríntios 9:24-27

O ano de 2011 já é história.
Para muitos uma história linda, para outros nem tanto, para todos um ano que passou e acabou.
No último dia do ano é inevitável olhar para o seu início (para não dizer para trás) e refletir, recordar, arrazoar.
Quanta coisa, quantos acontecimentos, estórias, enfim: história.
Neste ínterim, no nosso recôndito, fazemos planos, traçamos metas e nos sensibilizamos.
É curioso como me lembro lá pelos idos de 1980, como seriam as coisas por esta era, a do ano 2000 em diante, o presente século, o XXI. E já chegamos a 2012. Engraçado que muita coisa se parece com a ficção daquela época: viagens espaciais, computadores por todo o lado, inteligência artificial e outras coisas mais.

Recorrendo ao texto bíblico lanço mão do texto paulino ao falar sobre seu apostolado, seu empenho e luta comparando a nossa caminhada cristã a uma corrida.
Quanta semelhança entre uma e outra e quanta sabedoria para nos ajudar com as metas para o ano que se inicia!
Todos corremos, já fui corredor dos 10.000 metros e até participei de campeonatos, sabemos que um só vai levar o prêmio mas o incentivo é corrermos de tal maneira que o alcancemos.
Quando dissemos sim ao Senhor Jesus, conquistamos nossa salvação e nos empenhamos dali em diante a mantê-la através de uma vida de santidade, mas Paulo nos fala que haverá mais para os que correm pelo prêmio: a coroa da justiça como ele mesmo afirma em 2 Timóteo 4:8: Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.


Naquelas épocas a coroa para o vencedor era uma grinalda de folhas verdes mas a coroa da justiça que nos dará o Senhor, justo juiz, é uma coroa incorruptivel, suas folhas não secarão, será a recompensa adicional por termos corrido bem e alcançado o prêmio.

Como correr?

1. Abster-se de tudo, despojar-se de todo o peso, de todo o lastro.
vv. 25 - E todo aquele que luta de tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, uma incorruptível.
É impossível correr bem carregados de pecados, por exemplo. Eles podem ser um fardo, embaraço, ansiedade, podem envelhecer os nossos ossos.
A respeito disso Paulo escreve em Hebreus 12:1:
Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta.

2. Com objetivos definidos, olhando para o alvo.
vv. 26 - Pois eu assim corro, não como a coisa incerta; assim combato, não como batendo no ar.
Passado é passado. Olhemos para o futuro e vivamos o presente. As glórias do passado encorajam, fazem bem mas a corrida ainda não acabou.

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim,
Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus.
Filipenses 3:13-14


Todo o corredor, desde a largada só tem um objetivo: cruzar a linha de chegada. Os aplausos, os gritos da torcida, as distrações não podem detê-lo. Ele não deve olhar para a direita nem para a esquerda, mas para o alvo.
Na saída tem que livrar-se da adrenalina acumulada instantes antes, em seguida começa uma luta incessante ao respirar com movimentos mais rápidos na busca pelo oxigênio, a sede aperta, a dor no corpo que insiste, mas só uma coisa pode apreender seu pensamento: o alvo.
O corredor, ou o que luta, como no texto, não desperdiça energia, como que socando o ar, pois isso desequilibra e cansa.

3. Vencendo os próprios limites.
vv. 27 - Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu mesmo não venha de alguma maneira a ficar reprovado. 
A nossa natureza pende, busca, procura o conforto.
É assim ante a desafios, dificuldades, até na prática da fé cristã.
É por isso que é necessário subjugar o próprio corpo. 
Não é maltratá-lo como os ascetistas (ascetismo)  nem considerá-lo maligno como no gnosticismo. É trazê-lo cativo à vontade do espírito deixando de lado as concupiscências que podem nos impedir de alcançar o prêmio (vitória).
Finalmente, é necessário estar alerta para não ser desclassificado, rejeitado ou considerado indigno de receber o prêmio.
É necessário lembrar-se de que não vale aqui o faça o que eu mando mas não faça o que eu faço.
No reino de Deus o testemunho é tão ou mais importante do que as palavras.

A chegada, a vitória, a coroa

Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.
Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
2 Timóteo 4:7-8


Como é sublime o momento em que o atleta ultrapassa a linha de chegada!
Como é bom comemorar a vitória.
Acabei de cumprir 30 anos de trabalho em uma instituição. Foram anos abrangendo desde a minha mocidade até o presente ano: 2011. Me lembro nitidamente quando com 17 anos iniciei esta jornada.
Acabou. Nenhuma mancha, nenhum problema, excelente trabalho prestado, várias promoções, tudo por merecimento. Que felicidade!
Cuidarei para que na minha caminhada cristã, na caminhada da fé, no expandir do reino de Deus eu consiga fazer o mesmo.
Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé.

Meus votos e desejo

Que 2012 seja um ano feliz de verdade. Que aproveitemos toda e qualquer chance de anunciar o reino do único e verdadeiro rei: Jesus, nosso rei e Senhor. Que seja um exercício diário o amor, a piedade e o perdão. Que nos lembremos que viemos para ser servos, antes que ser servidos, que viemos para fazer outros felizes antes que nos façam assim.

FELIZ ANO NOVO!

A Deus toda a glória
Carlos R. Silva - 31 Dezembro de 2011


sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal - Uma Maravilhosa Notícia

Os pastores que estavam no campo foram agraciados. Ninguém melhor do que eles para receber em primeira mão a maior notícia que sua nação esperava, a mais linda, a mais bela.
Cuidavam do rebanho (seu sustento e oferta em sacrifícios), protegiam-no nas vigílias da noite.
Você já recebeu uma boa notícia? É agradável, é lindo não?
Mas, como gostaríamos de receber uma notícia desta forma:


E eis que o anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo:
Lucas 2:9-10


E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo:
Glória a Deus nas alturas, Paz na terra, boa vontade para com os homens.
Lucas 2:13-14

É por isso que enfeitam-se hoje as árvores, acendem-se luzes, soltam-se fogos, soam os sinos - para ter-se uma pitadinha de como foi lindo aquele momento: o nascimento de Jesus.
Que bela maneira de receber uma boa notícia.
Nestes dia, com coração enternecido, expressemos nossos afetos, aproximemo-nos uns dos outros com expressões de gratidão e carinho.

É Natal - nasceu-nos o Salvador, o Maravilhoso, o Conselheiro, o Deus forte, o Príncipe da Paz.

Glória a Deus nas maiores alturas, paz aqui na terra, porque esta é sua vontade, vontade que nos empenharemos em fazer.

Feliz Natal!

A Ele toda a Glória
Carlos R. Silva - natal de 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Olhos para ver

De repente uma correria, um atropelo, barulho, a multidão se aperta e aproxima-se.
- Quem é? Pergunta.
Disseram-lhe que era Jesus de Nazaré e que passaria por ali.
A grande chance da sua vida aproximava-se! Com certeza foi isto que o motivou.
O cego de Jericó já ouvira a respeito de Jesus, sobre como curara, sobre suas palavras de restauração, sobre como proclamara o reino que se implantava.
E que passaria por ali onde ele estava, à beira do caminho.
Era assim que vivia agora, à beira do caminho, mendigando, à mercê da vontade dos passantes, à própria sorte.
Sorte que estava prestes a mudar e ele percebeu isso.
Mais do que depressa ele se põe a gritar:
- Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim.
Tentaram calar seu clamor, para que não importunasse o mestre e então:
- Filho de Davi, tem misericórdia de mim. Gritou mais alto ainda, agora com toda a força dos seus pulmões, até atrair a atenção de Jesus que pára e pede que o tragam a ele.
- Que queres que te faça? Perguntou-lhe o mestre.
- Senhor, que eu veja.
- Vê, a tua fé te salvou.
E logo viu e passou a segui-lo glorificando a Deus.


Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
2 Coríntios 4:4

Interessante que um dia nos percebemos como Bartimeu, o cego da narrativa bíblica: pobres de espírito, inúteis e dependentes.
Pobres de espírito tendo que reconhecer nossa total falência espiritual, nada tendo para oferecer a Deus em troca de salvar nossa pele. Dependendo totalmente da sua graça.
Inúteis porque, enquanto cegos, somos incapazes de produzir qualquer coisa no reino espiritual, vivendo de esmolas, favores, tendo que ser guiados.
A um cego naqueles dias não restava muito mais, juntava tudo que possuía, sua capa, e ia para a beira do caminho.
Em resumo: com olhos, mas sem ver.

Contudo uma solução é apresentada, cuja fama conhecemos: ele curou enfermos, restaurou lares, conduziu gente para fora dos vícios (malditos vícios), mudou meu pai, minha mãe, gente minha, gente nossa, da minha casa.
Jesus, o nazareno, vai passar por aqui, vai passar na minha vida.
É alguém capaz de mudar a minha sofrida condição de vida - a de cego que tem olhos, mas não vê!
É claro que eu abraçarei esta esperança, quero sair desta condição:
- Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim!
Podem tentar dissuadir-me a não clamar. Não é ético, é demodê, coisa de crente, de gente humilde, ignorante, inoportuno, mas eu vou clamar:
- Filho de Davi, tem misericórdia de mim.
Somente eu e ele sabemos do meu estado, da minha incapacidade e inércia espirituais.
Que se danem os opositores, eu vou é clamar mais alto, com todas as forças que me restam. Clamarei por misericórdia, por perdão pela redenção.
Vou gritar tão alto a ponto de parar o mestre para ter dele a atenção.
Daí, basta pedir-lhe: Senhor eu quero ver.
Tendo como resposta um sonoro - Vê, a tua fé te salvou.


Como precisamos deste encontro!

A Ele toda a glória
Carlos R. Silva - verão de 2011 - é quase Natal!