Recue por um momento e contemple o ponto de vista de Deus. Espírito sem limites de tempo e espaço, Deus se havia servido às vezes de objetos materiais - uma sarça ardente, uma coluna de fogo - para provar alguma coisa óbvia sobre o planeta Terra. Cada vez, Deus adotou o objeto escolhido para transmitir uma mensagem e depois seguiu em frente.
Em Jesus, algo novo aconteceu: Deus tornou-se uma das criaturas do planeta, acontecimento sem par, inaudito, único no sentido mais pleno da palavra.
O Deus que enche o Universo implodiu para tornar um bebê humilde que, como qualquer outra criancinha deste mundo, teve de aprender a caminhar, e a falar, e a vestir-se. Na encarnação, o Filho de Deus assumiu deliberadamente uma postura de desvantagem, trocando a onisciência por um cérebro que aprendeu aramaico fonema por fonema, a onipresença por duas pernas e ocasionalmente um jumento, a onipotência por braços fortes o suficiente para serrar uma tábua, mas fracos demais para a autodefesa. Em vez de controlar cem bilhões de galáxias ao mesmo tempo, ele só via um caminho estreito de Nazaré, um monte de pedras num deserto da Judéia ou uma rua apinhada de gente de Jerusalém.
Por causa de Jesus nós nunca precisamos questionar o desejo de intimidade de Deus. Deus realmente quer um contato íntimo conosco? Jesus renunciou ao céu para isso. Ele pessoalmente restabeleceu a ligação original entre Deus e os seres humanos, entre o mundo visível e o invisível.
Philip Yancey - Sinais da Graça
O Deus (in)visível
Com adaptações
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