quinta-feira, 18 de abril de 2013

Por que eu nunca me converteria?

Ricardo Gondim Rodrigues

“Pois que vantagem há em suportar açoites recebidos por terem cometido o mal? Mas se vocês suportam o sofrimento por terem feito o bem, isso é louvável diante de Deus”.
I Pe 2:20

Alguns de nós se fôssemos a certas e determinadas igrejas, jamais nos converteríamos ao Cristianismo, porque em algumas igrejas – seja ela evangélica ou católica – há um desprezo ao pensar e alguns de nós sentimos a necessidade de saber o porquê das coisas e rejeitamos a idéia de que alguma coisa seja empurrada “goela abaixo” sem que tenhamos a oportunidade de argumentar. Muitos de nós não nos converteríamos jamais em uma igreja que diz: “Creia porque estou lhe dizendo, não queira saber de nada, somente aceite”. Um lugar onde se exige uma obediência cega, onde você não pode questionar, onde o senso crítico e o bom senso são calados. Se você foi a uma dessas igrejas e não se converteu, parabéns, eu também não me converteria, você tem toda razão de reagir como reagiu.

Uma igreja que possui um debate muito pequeno, voltado para questiúnculas, ênfases sem valor, questões medíocres, se mulher deve usar cabelo comprido ou curto, se pode esmalte vermelho ou azul ou de cor nenhuma, a questão é que o mundo não está e não ficará pendente por causa disso, muito menos Jesus morreu na Cruz e os mártires da igreja adubaram o solo de Roma com sangue para que nos dias de hoje tenhamos em pauta questões como essas. Muitos de nós também não nos converteríamos por não tolerar ambientes piegas, de frases prontas, onde se diz, por exemplo: “Se você está feliz, diga Amém.

- Todos a uma só voz: Amém.

- Não ouvi direito, diga novamente.

- Todos, agora mais alto e pausado: Amém.

- Agora sim vocês estão felizes”.

Ora, se você está feliz, você está feliz, mas se está triste, está triste, não existe erro nenhum em estar triste, não deve haver manipulação, “forçaçao de barra”.

Ou então ambientes que são muito simplistas, o sujeito tem um problema e tenta-se resolver o problema dele com uma resposta simplista, com um jargão que se aprende, do tipo: “Está amarrado em nome de Jesus!”.

Embora o Evangelho em si seja simples, não é simplista.

Depois de tudo isso, acredito que você tem uma pergunta, e a sua pergunta é: “Então porque “cargas d’água” você se converteu?”

A resposta para a sua pergunta encontra-se no versículo bíblico introdutório (I Pe 2:20)

Existe sim uma linha divisória entre Cristianismo e prática religiosa, seja ela qual for.

Em primeiro lugar, eu me converti porque a mensagem do Evangelho que me apresentaram era racional e lógica o suficiente para satisfazer o meu intelecto, mas também era poderosa o suficiente para impactar de tal forma a minha vida. Uma mensagem que me deu a resposta a algumas perguntas que todos os seres humanos fazem, independente da nacionalidade e do grau de cultura, perguntas do tipo: “Quem é Deus? De onde veio a maldade? O que é a vida? Para onde vou, porque estou aqui?”

São perguntas que carregamos conosco e estamos buscando respostas para elas. Eu me converti ao Evangelho de Jesus Cristo porque ninguém tem melhores respostas a essas perguntas do que esta mensagem.

Quem sou eu?

Charles Darwin tentou explicar através da teoria da evolução, que dizia que somos descendentes dos macacos, para a filosofia naturalista e cientista, é apenas um acidente cósmico, para o sistema oriental hindu e budista somos meras partículas de um deus etéreo, uma concepção panteísta, para o sistema espírita kardecista somos espíritos aprisionados em corpos cumprindo a nossa lei do karma, mas para os cristãos a resposta é contundente, bonita e nobre, somos a imagem de um Deus que com amor, meticulosamente nos projetou no seu próprio coração.

Porque existe a maldade?

Não há resposta mais contundente e racional do que a do Cristianismo. Por que existem tantos estupros? Por que existe tanto tráfico de drogas? Por que as clínicas psiquiátricas estão abarrotadas de pessoas devastadas pela malignidade da civilização?

No conceito oriental o mal e o bem se fundem numa só coisa, no conceito espírita o mal é uma questão de aperfeiçoamento, no conceito cristão o mal e mais do que tudo isso, é uma decorrência de estarmos distantes de um Deus pessoal,fonte de todo o tipo de bondade e benignidade, a bondade existe no universo não como fonte de um acidente, mas como fonte de um Deus que é eternamente bom e justo, e a nossa bondade vem à medida que estamos “plugados” nesse Deus, mas quando estamos desligados dele , somos passiveis de malignidade , e o resultado desse desligamento gera em nós a capacidade de nos tornarmos “monstros” de iniqüidades e essa monstruosidade vem da nossa independência de Deus.

E por último, ninguém conseguiu falar de Redenção de uma forma tão coerente, tão justa e tão intelectualmente lúcida do que essa Mensagem. “Porque Deus amou o ser humano de tal forma que deu ao sacrifício seu único Filho, Jesus Cristo, para que todo aquele que Nele – Jesus Cristo – crer e reconhecer o seu sacrifício na Cruz do Calvário seja Redimido e tenha a Vida Eterna”.

(João 3:16). Que Deus nos ajude.

Soli Deo Gloria.

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