domingo, 26 de maio de 2013
Milagres e Fé
Alguns cristãos têm saudade e até anseiam por um mundo bem servido de milagres e sinais espetaculares da presença de Deus.
Ouvimos sermões saudosos sobre a abertura do mar Vermelho, as dez pragas e o maná diário no deserto, como se os oradores sentissem falta de tais manifestações do poder de Deus hoje em dia.
Mas, a jornada pontilhada dos israelitas deve nos fazer parar para pensar.
Será que uma explosão de milagres alimenta a fé? Evidentemente, não o tipo de fé que interessa a Deus.
Os israelitas oferecem diversas provas de que sinais podem nos deixar viciados em sinais, não em Deus.
Mesmo expostos à presença direta de Deus, os israelitas foram o povo mais inconsistente que já existiu.
No deserto em dez ocasiões rebelaram-se contra Deus.
Mesmo quando na fronteira da terra prometida, com toda aquela riqueza estendendo-se à sua frente, continuavam chorando pelos "velhos e bons tempos", quando eram escravos.
Estes tristes resultados nos oferecem um entendimento do motivo pelo qual Deus não interfere de forma mais direta hoje.
É pertinente a pergunta de Jesus "Quando o Filho do homem vier, encontrará fé na terra? ".
Devido à nossa curta memória espiritual não restou a Deus alternativa: precisamos nos aproximar dele por fé!
E Ele vem adotando esse padrão já há algum tempo, com José, no Egito, com os apóstolos, com os mártires da Igreja, com gente do nosso tempo como nossos pais, nas comunidades pobres de nossas cidades, nos leitos dos hospitais.
"Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, " convida o autor aos Hebreus.
A Deus toda a glória.
Carlos R. Silva
outono de 2013
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