Por que é que cristãos se surpreendem com a perseguição?
E o que dizer das casas apedrejadas, templos e tendas incendiados em nosso país, principalmente nas décadas de 60, 70 e 80?
Lembro-me como hoje, eu ainda era menino, no auge do culto, casas eram apedrejadas.
Meu pai, servo e pastor do rebanho do Senhor, hoje quase aos 80 anos, traz cicatriz na cabeça de uma pedra que atingiu a congregação onde ele ministrava.
Congreguei em uma igreja no Vale do Paraíba, que foi reconstruída das cinzas a partir da primeira que foi incendiada.
E o que dizer das casas apedrejadas, templos e tendas incendiados em nosso país, principalmente nas décadas de 60, 70 e 80?
Lembro-me como hoje, eu ainda era menino, no auge do culto, casas eram apedrejadas.
Meu pai, servo e pastor do rebanho do Senhor, hoje quase aos 80 anos, traz cicatriz na cabeça de uma pedra que atingiu a congregação onde ele ministrava.
Congreguei em uma igreja no Vale do Paraíba, que foi reconstruída das cinzas a partir da primeira que foi incendiada.
Em parte, creio que a surpresa deve-se ao evangelho triunfalista, da vitória, que não tem preparado as pessoas para abraçar e morrer por uma causa.
Nossos compromissos são levianos, reflexo da cultura do urgente, do tempo é dinheiro, do seja feliz agora.
Boa parte do que se ensina é sobre conquistar, ganhar dinheiro, cura da doença e uma série de outras promessas.
Não foi isso que Jesus prometeu!
A maior conquista, o que realmente importa, é a salvação, que, em resumo, se traduz em vida eterna.
"aquele que crê em mim tem a vida eterna." (João 6:47).
A maior conquista, o que realmente importa, é a salvação, que, em resumo, se traduz em vida eterna.
"aquele que crê em mim tem a vida eterna." (João 6:47).
Neste contexto, faz sentido o "posso todas as coisas em Cristo que me fortalece." (Filipenses 4:13), tão largamente usado.
O fiel zomba da morte: “Mas, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão?” (1Co 15.54-55).
* * *
A maioria de nós leu a história dos 21 cristãos egípcios sequestrados na Líbia. Um vídeo do Estado Islâmico mostrou cerca de 12 deles sendo decapitados, e é quase certo que todos eles foram assassinados.
A maioria de nós leu a história dos 21 cristãos egípcios sequestrados na Líbia. Um vídeo do Estado Islâmico mostrou cerca de 12 deles sendo decapitados, e é quase certo que todos eles foram assassinados.
Não estamos surpresos
Jesus nos disse para esperar perseguição, ensinando os seus discípulos que os incrédulos nos odiariam assim como o odiaram (João 15.18-20).
Jesus previu que alguns daqueles nos matariam, pensando estar oferecendo um serviço a Deus (João 16.2).
Embora muitos de nós não venha a perder a própria vida em nome de Cristo, não devemos ficar surpresos se isso acontecer. Todos nós precisamos estar prontos para entregar as nossas vidas por Cristo. “Se alguém vem a mim e não aborrece a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26).
Somos mais que vencedores
Jesus nos chama a ser fiéis até a morte para receber a coroa da vida (Apocalipse 2.10).
Jesus também nos chama a nos alegrarmos quando perseguidos, pois é grande honra morrer pelo nosso Senhor e Salvador, e a nossa recompensa excederá em muito o nosso sofrimento (Mateus 5.10-12; Atos 5.41). Naturalmente, podemos ficar temerosos e assustados com tal possibilidade, preocupados de que não tenhamos a força para sofrer. E não temos a força em nós mesmos, mas Deus promete ser conosco no fogo e na água (Isaías 43.2), e promete nos dar graça para suportar o que há de mais difícil. “Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra” (2 Coríntios 9.8).
Ao morrer em nome de Cristo, ao não amar as nossas próprias vidas mesmo mediante a morte, não somos perdedores, mas vencedores; não somos vencidos pelo mal. Pelo contrário, somos “mais que vencedores” (Romanos 8.37; Apocalipse 12.11). Aqueles que são mortos em nome de Cristo ressuscitam e reinam com Jesus Cristo (Apocalipse 20.4).
Choramos com os que choram
Paulo diz que “o viver é Cristo, e o morrer é lucro” (Filipenses 1.21). Ainda assim, a questão não é simplista, e a vida não é fácil. Nós choramos com aqueles que choram (Romanos 12.15). Paulo disse que se Epafrodito tivesse morrido, ele teria experimentado “tristeza sobre tristeza” (Filipenses 2.27). A tristeza enche os corações daqueles que ficam.
Oramos tanto pelos nossos inimigos quanto pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem
Precisamos de uma graça especial para orar pela salvação daqueles que praticaram tamanho mal.
Também oramos pelos nossos irmãos e irmãs que sofrem ao redor do mundo; pedimos que Deus conceda a eles alegria, força e perseverança para suportar até o fim.
Oramos para que Deus os proteja e sustente a sua igreja.
Oramos pelo justo juízo de Deus
Ao mesmo tempo, assim como os mártires debaixo do altar em Apocalipse 6.9-11, nós clamamos: “Até quando, ó Soberano Senhor?” Quando tu agirás com justiça para com este mundo? Quando tu vindicarás os teus santos e julgará os perversos por amor ao teu grande nome?
O dia do juízo está chegando, o dia em que tudo será ajustado. Enquanto isso, Deus está chamando muitos mais para serem seus filhos, mesmo dentre aqueles que nos perseguem. Nós louvamos a Deus tanto pelo seu amor salvador quanto pelo seu justo juízo, e oramos: “Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22.20).
Esboço de idéias e complementos a partir do artigo e slogan: Povo da Cruz
Leia este e outros textos sobre a igreja perseguida:
http://voltemosaoevangelho.com/
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