"Eu sei que o meu redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra." (Jó 19.25).
Às vésperas de um novo ano, é tempo de parar, refletir, reconsiderar, planejar.
Ouve-se de que não há o que comemorar.
Discordo, há sim, e muito.
É na adversidade, quando nem tudo vai bem, que nos voltamos para os valores eternos.
Nos damos conta de onde estamos entesourando.
Não por acaso, descobrimos que a maior parte do que prezamos é consumível. Traça, ferrugem e os salteadores se encarregarão deles.
Viver em Deus é saber que até nas adversidades Deus está construindo algo novo em nós.
Todo dia ele nos ensina e, ele mesmo, determina os meios.
O barro, nós mesmos, não tem autonomia sobre si mesmo. É o oleiro quem determina e molda o barro segundo a sua vontade.
Jó, eleva sua esperança às alturas, ao Eterno. Ergue os olhos e levanta a cabeça mesmo diante da aparente derrota ao seu redor, nele mesmo.
Acusado pelos amigos. Desesperado por pensar que Deus estava contra ele. Angustiado e sentindo-se em total abandono. Perdeu tudo o que é perecível: bens, filhos, amigos e saúde.
Apesar disso tudo, ele ainda é um homem esperançoso no Senhor.
Eis um exemplo de como Deus pode renovar a vida mediante as palavras e confissões que fazemos, pois elas determinam a nossa fé e esperança no Senhor.
A confissão pessoal a Deus é poderosa, não em si, mas por causa de Deus, da sua reação em nossa direção.
Deus ouve!
Por isso, dirá o salmista "Eu amo ao Senhor, porque ele me ouviu quando lhe fiz a minha súplica" (Sl 116.1).
Podemos sim continuar continuar confiando em Deus, e como Jó aguardar o seu favor e a sua graça sobre nós.
Podemos sim comemorar vitória, não por conquistas materiais, mas sobre o medo, a incerteza, sobre nós mesmos, sobre a morte.
Eis aí a verdadeira vitória do cristão.
"E depois que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu o verei com os meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração!" (Jó 19.26,27).
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