Texto Bíblico
“Sete foi pai de um filho e o chamou de Enos. Foi nesse tempo que o nome O ETERNO começou a ser usado no culto de adoração a Deus”.
(Gn 4.26)
Introdução
Depois da morte de Abel, tudo indicava que só restariam os descendentes de Caim. Eram pessoas afastadas da presença do Senhor e sedentas de vingança (Gn 4.8.24).
Porém, Deus deu a Adão e Eva outro filho para ficar em lugar de Abel.
A história de Sete e seu filho Enos (Gn 4.26) é diferente: em vez de saírem da presença do Senhor, foram eles que começaram a usar o nome SENHOR no culto de adoração a Deus.
1. Começa a Adoração a Deus
Começa a adoração a YHWH, chamado de O ETERNO, na Linguagem de Hoje.
É uma boa interpretação para EU SOU.
Mais tarde relatará a Escritura:
“Porém Moisés disse: – Quando eu for falar com os israelitas e lhes disser: ‘O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês’, eles vão me perguntar: ‘Qual é o nome dele?’ Aí o que é que eu digo? Deus disse: -EU SOU QUEM SOU. E disse ainda: -Você dirá o seguinte: ‘EU SOU me enviou a vocês’”. (Ex 3.14-15).
A Linguagem de Hoje traduz por O ETERNO, pois a expressão pode significar EU SOU O QUE SOU, ESTOU SENDO O QUE SOU, SEREI O QUE SOU, com idéia de imutável, de eterno.
YHWH apareceu a Moisés, mas começou a ser cultuado com Sete. Aos patriarcas ele apareceu como “Todo-Poderoso”, El Shadday, mas como YHWH só se revelou a Moisés:
“Deus disse a Moisés: -Eu sou o Deus Eterno. Eu apareci a Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus Todo-Poderoso, porém não deixei que me conhecessem pelo meu nome de o Deus Eterno”. (Ex 6.2-3).
No tempo de Sete e Enos, era um dos nomes usados na adoração, mas só se tornou o nome por excelência no tempo de Moisés.
2. Estreita-se o Relacionamento com Deus
Em Enos, "O ETERNO começou a ser usado no culto de adoração a Deus”. O relacionamento, a partir de Moisés, foi mais intenso. “Conhecer” dá a ideia de um relacionamento profundo. Somente depois, com Moisés, é que Deus se relacionará nos termos do rico significado de seu nome com Israel.
Antes de aceitar a Cristo sabíamos quem ele era, mas só depois de aceitá-lo como nosso Senhor é que o relacionamento tornou-se mais profundo. Para nós, nomes podem significar pouca coisa, mas naquela cultura, nos termos em que se processa a revelação, significa muito.
3. Enos Recupera Abel
Enos é o novo Abel. Abel (hébel) significa “fumaça”. O sentido é de inconsistente, vazio, fraco. É o mesmo termo para “vaidade” em Eclesiastes 1.1. “Tudo é fumaça, tudo é inconsistente”, diz o sábio.
Enos (enosh) significa “homem”, com o sentido de frágil. O nome Abel mostra a fragilidade humana.
Depois de Enos vem a descrição da ação dos descendentes de Caim e violência de Lameque (Gn 4.23).
Os homens começam a se julgar fortes. Os descendentes de Caim e Lameque têm uma atividade humana febril, e sua violência aumenta.
Bem elucidativo! A arrogância humana é que leva a prescindir de Deus e à violência.
Infelizmente, quando deixadas para viverem por sua própria conta, as pessoas tendem a ficar piores.
Na família de Lameque, uma variedade de talentos e habilidades que Deus dá aos seres humanos. É nela que nascem os primeiros construtores de tendas, criadores de gado, músicos e mestres com o bronze e ferro (Gn 4.20-22).
Mas, na mesma família, o contínuo crescimento do pecado ao longo do tempo.
Definem-se dois grupos:
a. Os que demonstravam indiferença quanto ao pecado e ao mal;
b. Os que adoravam a Deus, os descendentes de Sete (Gn 4.26).
Sete assume o lugar de Abel como pai da linhagem que era fiel a Deus.
Enos recupera Abel.
Só quando o homem sente sua fragilidade, reconhece que é apenas fumaça que se desvanece, é que pode conhecer a Deus.
4. O Nome mais importante
Nós, os cristãos, também temos um NOME a adorar:
“Por isso Deus deu a Jesus a mais alta honra e pôs nele o nome que é mais importante do que todos os outros nomes, para que, em homenagem ao nome de Jesus, todas as criaturas no céu, na terra e no mundo dos mortos, caiam de joelhos e declarem abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (Fp 2.9-11).
Conclusão
Deus aproxima-se e revela-se aos que o adoram.
Isso não é de hoje. Começou antes de Moisés, antes de Abraão, lá bem antes (há 4000 anos), com Sete, quando dele nasce Enos.
Para aqueles, Deus não se revelou completamente. Para Moisés foi conhecido pelo Seu Nome e com ele tratava face a face, como um amigo trata com outro amigo.
Mas foi para nós, os cristãos, que Deus excedeu de todas as formas: veio viver conosco, através de Jesus.
Jesus Cristo é O NOME (Ha Shem) dos cristãos.
É seu nome, nenhum outro. Nomes que não sejam o dele não podem ser entronizados na igreja.
Ele, Jesus, é O NOME para ser adorado.
A Deus toda a glória!
Carlos R. Silva
OBPC Joanópolis - SP
Quarta - 16/12/2015 - Pregações em Gênesis
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