domingo, 24 de dezembro de 2017

É Natal

Então Deus entrou no mundo.
Diferente dos deuses da antiguidade, que não se rebaixavam ao nível dos homens, um frágil menino, com sentimentos, temores e um choro igual ao de todos os outros, era o novo rosto da esperança.

A verdadeira esperança para todas as gentes ganhou um nome: Jesus.

Deus fez um caminho que, até hoje, é loucura para muitos. Ao invés de requerer e exigir, ele se deu, amou tanto que deu seu único filho.

É Natal!
Tempo de paz, de esperança, de olhar para o futuro.
Tempo de se aproximar, perdoar e ser feliz.

"Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno, Príncipe da Paz."
(Isaías 9.6)


Feliz Natal!

Carlos R. Silva
Natal 2017

terça-feira, 31 de outubro de 2017

500 Anos de Reforma

O mundo pós moderno produziu pessoas céticas, hedonistas e autosuficientes. Gente sem fé, seu prazer acima de tudo e que se bastam.
Mas o nosso século também tem produzido gente cansada, depressiva e sem esperança.

Deus colocou a "eternidade no coração do homem" diz o Pregador (Ec 3.11).
O grande contraponto da vida: somos seres finitos, com desejos infinitos. Nunca, nada será suficiente.
Agostinho percebeu isso muito bem quando orou: "Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração anda inquieto enquanto não descansar em ti".

Diante dos grandes desafios do mundo pós moderno, é preciso fé.
Fé de fidelidade e, principalmente, fé que crê no evangelho e no seu poder transformador.

Há 500 anos numa releitura da Bíblia, que provocou a volta à essência, mesmo que não fosse a intenção, iniciava-se o movimento da Reforma Protestante.

Se a igreja hoje precisa de reforma?
O cristianismo é um constante ajuste, é um processo de conversão diário.
Senão, corremos o risco de responder perguntas que ninguém está perguntando.
Se não nos reformarmos, nossa pregação será irrelevante e que não contempla a maior necessidades de todos os homens: precisam voltar para Deus!



Carlos R. Silva
31 Out 2017 - 500 Anos da Reforma Protestante

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Não Lute a Guerra dos Outros

“Não tenham medo nem fiquem desanimados por causa desse exército enorme. Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus.” (2Cr 10.15).

Em algum momento da vida, a maioria de nós já passou por angústia, ansiedade e situações que não sabíamos como resolver nem enfrentar.

Impotentes! É a palavra que nos define bem nestas horas.

O rei Josafá passou por um momento destes, difícil. Um grande exército inimigo aproximava-se de Judá. Então, numa reunião no templo do Senhor, ele orou a Deus. Ao orar, exaltou a grandeza e a soberania de Deus, lembrou de seus grandes feitos no passado. Por fim, reconheceu sua incapacidade e fragilidade, dizendo: “Não temos força para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não sabemos o que fazer” (2Cr 15.12).

Não sei o que fazer! Muitas vezes, este é o nosso estado. Problemas gigantes, dificuldades incontáveis, lutas árduas, e o inimigo tão próximo, mas tão próximo que a única visão é a derrota.

Agora, só Deus! Só resta clamar a ele, reconhecer que não temos forças e, na verdade, não sabemos o que fazer. Se restar somente isso, então é exatamente isso que precisamos. Quando resta somente a fé, na verdade, era tudo o que precisávamos: uma pequena fé! Uma pequena fé, nas mãos de um grande Deus gera milagres.

Depois que Josafá orou a Deus e admitiu que não sabia o que fazer, Deus respondeu através de Jaaziel, profeta para aquela hora: “Não tenham medo nem desanimem . Pois a batalha não é de vocês, mas de Deus. Vocês não lutarão. Tomem posição, fiquem firmes e assistam o livramento que o Senhor lhes dará”.

E foi isso que Deus fez. Por ser fiel, como ele disse, aconteceu. Isto é para nos encorajar a que, diante do insolúvel, clame a Deus, reconheça sua soberania, ele sabe o que faz e que somos totalmente dependentes dele.
Nossos apuros, são oportunidades para Deus trabalhar, até porque, de outro modo, a gente não deixa.


Carlos R. Silva

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Fidelidade

O que é ser fiel? Fiel é o que não falha, que é seguro, não muda, exato e verídico. Jesus Cristo é assim: digno de toda a confiança. O que Jesus diz é verdadeiro e o que ele faz é sempre o melhor.

A fidelidade de Jesus o levou à morte. Como homem, ele “humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz” (Fp 2.8).

Por ser fiel, quando ele diz “Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. (Jo 10.9), podemos crer totalmente: ele é a solução, nele há socorro.

Quando Jesus diz: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas” (Jo 8.12),  podemos nos apegar com todas as forças nesta palavra com a certeza de que nossos passos não são no escuro.

Por outro lado, por ser fiel, ele é fiel à sua palavra quando diz “Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez.” (Ap 22.7). Por isso precisamos querer mais a ele do que as bênçãos que ele pode dar.

Temos dificuldade para crer nas suas promessas porque não somos plenamente fiéis, como Jesus é. Mas nossa infidelidade não muda a sua fidelidade. “Se somos infiéis, ele permanece fiel, pois não pode negar-se a si mesmo.” (2 Tm 2.13).

Portanto, coloquemos nossa confiança totalmente em Jesus e vivamos de maneira segura.
Que tal confiarmos como confiou o rei Davi quando disse “Nenhum dos que esperam em ti ficará decepcionado” (Sl 25.3)?



Carlos R. Silva

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Em Busca de Respostas?

"Eu sou o Senhor, o seu Deus, que lhe ensina o que é melhor para você, que o dirige no caminho em que você deve ir." (Isaías 48.17).
"Instruir-te-ei, e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos." (Salmos 32.8).

Deus, nem sempre, nos mostra tudo de imediato. Suas respostas requerem a nossa fé.
Porém, é bom saber que ele não concorda pela metade, sua resposta será "sim" ou "não". Ou ele abre ou ele fecha portas.

Ele nos criou capazes e criativos, por isso, frequentemente, nos encontramos ajeitando as respostas de Deus. Isto é perigoso porque distorcemos as respostas para enquadra-las nos nossos anseios.

Deus não erra e ele sabe tudo, inclusive o que será o melhor para você. Então não fique aborrecido porque algo não deu certo: as coisas poderiam ter ficado piores. Sendo assim, Deus te deu um livramento.

Acalmar o coração requer fé e muito relacionamento com Deus. Requer um relacionamento aberto e sincero, onde você expõe sua fragilidade e seus medos para aceitar que Deus é quem tem o controle, ele é quem tem todo o poder e é ele quem faz e desfaz.

Não há nada melhor do que aprender a confiar e esperar. Deus é nosso fiel amigo e conselheiro. Que segurança, que paz quando se experimenta o seu cuidado!

Você já orou a ele hoje?


Carlos R. Silva

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Testemunho é coisa séria

Fomos chamados para ser luz.
O que é que tem impedido tanta gente de brilhar, apesar de tudo que recebeu: incentivo, bênçãos e a mensagem mais nobre do mundo?

Você é precioso mas, como lâmpada, precisa brilhar.
Podemos ser a lâmpada mais cara, mais bonita, mas para brilhar, precisa ser acesa.
Mesmo tendo sido habilmente treinado, tendo boa educação, polido culturalmente, apagado, não serve para muita coisa.

Para brilhar, sua vida precisa ser tocada pela chama daquele que é "A Luz do Mundo", o Senhor Jesus Cristo (Jo 8.12).
Com isso você se tornará num instrumento útil, porque, afinal de contas, não serve para muita coisa uma lâmpada que não ilumina.

Jesus disse: "Vocês são a luz do mundo ... assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus" (Mt 5.14a,16).




Carlos R. Silva



sábado, 7 de outubro de 2017

E se resolvesses confiar?

"Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos desejos do seu coração."
(Salmos 37:4 NVI)

Bondade e soberania, o que é isso?

Ore e sonhe, sonhe alto!
Não espere coisas pequenas de um grande Deus.

Por outro lado, não espere que ele faça tudo o que você quer.
Ele fará o que é melhor para o propósito dele, que no final, é a glória dele!
Mas, a escolha dele será o melhor para você.

Pronto para confiar?


Carlos R. Silva

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Oração do meio dia - 5 minutos

Senhor Jesus,
É meio dia!
Percebo que queria ter feito tanta coisa, mas nem iniciei a maioria delas.
Sou fraco e dependente.
Mas uma coisa sei: estes 5 minutos podem mudar o meu dia, a minha vida a minha história!
Dependo de ti Jesus.

Oro por mim, pelos meus, pela minha igreja, pelos meus amigos e todos aqueles nomes que me vêm à mente, pelos quais já te pedi: abençoa-os Senhor!
Livra da enfermidade os nossos irmãos, amigos, familiares e tantos que nos pedem orações.
Ajuda-os a organizar suas vidas, dá-lhes paz, dá-lhes vida abundante.

Uno a minha fé com a dos meus muitos irmãos, gente querida que lê nesta mídia.
Sei que cada um deles foi alcançado agora.
Que eles também invistam 5 minutos.
Este é todo o tempo que levei para escrever e orar esta prece.
Mas ela vai mudar o nosso dia!

Assim eu oro, certo de que atenderás, agradeço.
Amém!


Carlos R. Silva

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Plantando e colhendo

“Pois o que o homem semear, isso também colherá” .
(Gálatas 6:7).

Nossas escolhas têm um alcance que nunca imaginamos.
Fazer escolhas sábias é um meio de evitar resultados ruins.

As escolhas de hoje produzem o que colheremos amanhã.
Evitar o pecado no início é melhor do que lutar para superar as suas consequências.
Decisões sábias trarão paz e prosperidade no futuro.

Que as nossas orações a Deus sejam também por sabedoria para a vida e por perdão pelas más escolhas.
Que isso seja acompanhado de arrependimento e conversão, todos os dias, ao Deus que pode garantir um futuro glorioso aos que nele confiam plenamente.


Carlos R. Silva


sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Onde está a sua esperança?

Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês', diz o Senhor, 'planos de fazê-los prosperar e não de causar dano, planos de dar a vocês esperança e um futuro. 
(Jeremias 29:11)

Coloque sua esperança em Deus. Entre muitas das suas promessas, estão companhia e vida eterna. Deus não mente, ele é fiel à sua palavra. Portanto, ele é digno de confiança.

Esperança é confiar no que ainda não vemos.
Nossa esperança nunca deve ser posta no dinheiro, no emprego, em pessoas, ou na nossa capacidade. Todas essas coisas podem falhar ou faltar mas Deus nunca falha. Coloquemos nossa confiança na pessoa certa.

Os resultados da esperança? Confiança, ousadia, alegria e uma vida com propósitos bons.
Ponha sua esperança em Deus!


Carlos R. Silva

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Apeguemo-nos a Deus

"Ó Senhor, Deus dos Exércitos, quem é semelhante a ti?
És poderoso, Senhor, envolto em tua fidelidade." (Salmos 89:8 NVI)

Ser fiel é ser constante e não mudar seja qual for a situação.
A fidelidade de Deus é incomparável. Ele permanece fiel, mesmo que lhe viremos as costas.
A Sua fidelidade não pode ser medida. Ela não tem fim e é um motivo para darmos louvor e adoração!

A melhor expressão diante de um Deus fiel é o louvor. Assim como uma criança que se alegra, expressa com um sorriso lindo, bate palmas e grita.

Que o Senhor nos ajude, nos fortaleça e nos firme os passos! Porque fidelidade a ele, também depende dele, não de nós.

Tudo vem dele.

Aproximemo-nos de Deus!


Carlos R. Silva

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Verdades e mentiras

Ouvimos de tudo, todos os dias, de várias pessoas.
Por muito pouco, o que levou anos para se construir vem abaixo.
Ouvimos mentiras cativantes e verdades sem graça.

Vivemos tempos, embora isso não seja novidade, em que mentiras são sustentadas por uma vida inteira. Muitas delas são contadas com tanto esmero, que cativam.

Vivemos em tempos de verdades relativas. Ouvimos sobre verdades que, bem, não são bem verdade. Esses tempos são tempos de verdades individuais, cada um tem a sua e, afirma-se de pé junto, que o que é verdade para mim, não serve para outros. Estranho!

Mas há também as verdades sem graça. A verdade do doa a quem doer. Verdade sem misericórdia fere. Verdade sem graça dói e, nem sempre, cura.

Passe pelo filtro chamado Palavra de Deus tudo o que você ouve.
Em Cristo, não há meias verdades.
Nem segundas intenções.

As palavras dele são contundentes:
"Conhecerão a verdade, e a verdade os libertará" (João 8:32).
Deixaram atônito, Pilatos, então governador da Judéia, que o interrogava. Logo que fez a pergunta que ecoa pelos séculos "Que é a verdade?" (João 18.38), nem esperou pela resposta. Talvez fosse convencido a anular a sentença do tribunal dos judeus. Melhor não esperar a resposta!

A verdade liberta da principal forma de manipulação: a escravidão do pecado. Ao conhece-lo, e decidir-se por ser seu discípulo, encontra-se a verdadeira liberdade.

Jesus é prático, simples e direto:
"Eu sou o caminho, e a verdade e a vida" (Jo 14.6).

Carlos R. Silva

Ser igreja

Ser igreja é diferente de ir à Igreja.

Ir à Igreja é a parte mais fácil.
Jesus nos chamou para sermos igreja.

Ir à Igreja é apenas uma das atividades de quem ama o Senhor Jesus.
Ser igreja é um estilo de vida.
Não é um local, é um corpo.
Somos membros de um corpo cujo cabeça é Cristo.

Cada parte do corpo merece especial atenção.
Todos trabalham juntos para o bem comum.
Uns dependem dos outros.

Deus deu dons, ministérios e habilidades para cada membro do corpo, a igreja.
A finalidade não é para termos ministério próprio.
Recebemos todos estes presentes para edificarmos o corpo.
E o corpo só é edificado quando estamos juntos (de corpo presente e em unidade).

Ir à Igreja é a parte mais fácil.
Ser igreja é rever nossas atitudes confrontando-as com as atitudes de Cristo.
Você sonega impostos? Jesus os pagou.
Você mente? Jesus não.
Você desobedece as autoridades? Jesus as obedeceu.
Você desonra pai e mãe? Jesus os honrou.

Ir à Igreja é a parte mais fácil.
Se não conseguimos fazer pelo menos isso,
Como podemos ser igreja?

Ore, reflita e aja!


Carlos R. Silva

sábado, 15 de julho de 2017

Dia Nacional do Homem

Pai, avô, namorado, marido, irmão, primo, sobrinho ou agregado: Feliz dia do Homem!
No Brasil é hoje, 15/07.
Num tempo de poucas referências e de escassos modelos de caráter, vale a pena ousar ser diferente e andar na contramão dos ditames de conquistar, vencer e triunfar a qualquer preço, antes de amar, compreender, perdoar. apoiar e compartilhar.
Dia para pensar na própria saúde, intensificar relacionamentos e celebrar conquistas que valem a pena: esposa, filhos, amigos e um legado de coisas boas que a gente vai deixando por onde passa.
Às vezes, alvos da discriminação, até mesmo por quem amamos, quando sem perceber, ou talvez não, rotulam-nos: insensíveis, apressados, pouco inteligentes.
Compreender a alma do homem é para poucos, ou poucas!
O que pode nos tornar melhores? Acreditar em nós mesmos, ter expectativas e fé de que dias melhores ainda virão, comemorar sucessos, aprender com os fracassos, construir pontes ao invés de muros e pôr a esperança no que é eterno.
No fim, o que importa é a satisfação de ter deixado um mundo melhor para os que vierem depois.

Mudança de Vida


Logo, todo aquele que está em Cristo se tornou nova criação. A velha vida acabou, e uma nova vida teve início! (2Co 5.17 NVT).

Você já percebeu quanto trabalho é necessário para mudar de residência? É preciso planejamento, esforço e dedicação. A mudança provoca desgaste físico e mental, irritação e preocupação. O dia fica longo, as horas não passam, o caminhão não enche nunca e a casa ainda está cheia de coisas. Além da torcida para que não chova! 

Mudar a vida também provoca sensações e sentimentos semelhantes: sofremos e nada ocorre facilmente. As mudanças exigirão planejamento, esforço, dedicação e compromisso. Você não pode olhar para trás.

Se abandonar um vício, por exemplo, você enfrentará a síndrome de abstinência. Terá perturbações, enjoos, dores, irritações e outras desordens. Mas, mesmo com sofrimento, é preciso se conter e procurar ajuda de amigos, parentes e médica.

Quem decide morrer para os pecados para viver com Cristo também enfrenta as dores da mudança. Dá trabalho ser uma nova criatura. Mudar resulta num período de irregularidades, mas saiba que elas durarão pouco tempo e valem a pena. Lembre-se: tem pessoas felizes com o seu esforço.

Vamos nos arranhar, quebrar velhos hábitos e costumes para recomeçar a vida em outro caminho, beber água de uma nova fonte e esquecer as velhas trilhas por onde andávamos aos tropeços. Quem o conheceu perceberá a diferença: um novo brilho, divino, que o ajudará a reconquistar a confiança e o respeito de todos.

A primeira atitude para essa mudança é aceitar e, humildemente, reconhecer que é fraco diante do pecado e que ele destrói a sua vida.

O processo é doloroso mas esta mudança vale a pena e será a mais importante da sua vida. É por tomar esta decisão que você terá a certeza que o Senhor Jesus tomará conta de você para sempre.

Vale a pena morrer para o pecado, abandonar velhos hábitos, a velha vida e viver para Cristo. Vida nova, como um recém nascido.


Carlos R. Silva


Adaptação de: DA SILVA, Elias Torres. Mudanças. Pão Diário, 14/07/2010.

segunda-feira, 29 de maio de 2017

Respostas

Questionamos a Jesus sobre o seu reino, mas, como parte da geração microondas, queremos uma resposta para ontem.

Só que Jesus está interessado em respostas que durem, pelo menos, o tempo suficiente para intimidade, aproximação e familiaridade.

Ele tem respostas para amanhã.
O reino é como um pai que tinha dois filhos...
O reino é como um grão de mostarda...
O reino é como uma mulher que fazia pão...

"Eita nóis"!
Este desespero de tentar resolver tudo para ontem.
E Jesus propõe uma conversa que dure até amanhã.

Não é o seguir sete passos para...
Nem, tão pouco, três noites de...

A proposta do mestre sempre foi a de se misturar conosco, criar vínculos para a vida toda.
Na verdade, vínculos para a eternidade, por que é com ele que vamos vivê-la.

Uma semana exponencial para todos !


Carlos R. Silva
29/05/2017

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Esperança

Mas agora, Senhor, que hei de esperar? Minha esperança está em ti. (Salmos 39:7)

Quase tudo em nossa vida é passageiro e "feito de areia". Em geral, sãos coisas que gastam muito de nosso tempo e de nossa energia para serem construídas.
Depositar nossas esperanças nelas pode nos frustrar. Mais cedo ou mais tarde, uma onda poderá vir e levar consigo o que demoramos tanto tempo para construir. E quando isso acontecer, somente aquele que tiver sua esperança posta no Senhor será capaz de rir e recomeçar.
Porque se o nosso coração está nele, há a certeza de que, no final do dia, iremos para casa com o nosso pai.

A natureza e o homem vivem neste mundo em meio a sofrimentos, de forma limitada. Por isso, o cristão aguarda com grande expectativa o dia em que será liberto de seu corpo mortal e receberá uma nova vida gloriosa nos céus. (Rm 8.28-25).

Por outro lado, muitas pessoas depositam sua esperança no que estão vendo. Tudo o que esperam se limita apenas a este mundo, ao que se pode ter nesta vida - casa, carro, emprego e família. Porém, vamos nos alegrar com aquilo que construímos a cada dia sem colocar nessas coisas a razão da nossa vida.

Que tal se agíssemos como crianças que constroem castelos de areia na praia? Vem uma onda destrói tudo, mas elas não ficam abaladas por isso e recomeçam, e brincam e, ao final do dia, vão para casa felizes com os seus pais.

Quem confia no Senhor sabe que seus castelos aqui podem ser derrubados, mas que há uma mansão na casa do Pai esperando para ser sua morada na eternidade.



SILVA, Carlos R. Blog Café com Salvação 2017. São Paulo.
GONÇALVES, Herbert dos Santos. Pão Diário 2010.

sábado, 13 de maio de 2017

Você pode viver sem Cristo

Passei da fase de entender que quem escolhe abdicar da fé “sofrerá” com isso. Os anos, os muitos relatos, o que muitos vivem ao meu redor confirmam que sim, podemos viver sem Cristo como Senhor de nossas vidas. Na falta do sofrimento real, podemos esconder debaixo dos nossos tapetes, tudo que nos cause o mínimo de desconforto existencial.

A realidade que me cerca mostra pessoas que nunca se distanciaram da fé, passando provas cruéis, enfrentando conflitos que lhes pedem uma resiliência imposta, porque por escolha, nós abandonamos mesmo, tudo que não venha a nos dar o que queremos ou precisamos. Em contrapartida, pessoas que abdicaram da fé por pouco, escolheram que felicidade e liberdade em nada combinam com o cristianismo, e tem provado suas teses diariamente.

Então você me perguntará se nós, que não jogamos tudo para cima, estamos perdendo algo? Não. A não ser que sua identidade como cristão não tenha firmado bem sua escolha e tudo que ela representa.

Cristo precisa ser uma necessidade primeira: antes da dor, antes da felicidade, antes de mim ou de você, antes de podermos provar, antes de fazer total sentido, antes de cosmovisões de ego, antes de qualquer coisa. Quando Cristo afirma “Pois sem mim vocês não podem fazer coisa alguma” (João 15. 5), Ele apenas nos lembra de que sempre estará acima do que decidimos para nossas vidas, seu sacrifício vicário foi feito e ponto. A partir daí, como eu ou você encaramos a necessidade de reconhecer isso, em nenhum momento da história altera a ordem dos fatos: Deus é Deus e Cristo morreu por todos, cabe a nós aceitarmos ou rejeitarmos isso.

Então, podemos viver sem Cristo, porque Ele mesmo nos deu essa possibilidade. Quando em seu corpo naquela cruz, tudo que absolutamente Ele não fez de errado, caiu sobre seus ombros, foi porque somente Ele poderia suportar tudo. Ele sendo Deus agoniza nossas muitas falhas, rasgando sua perfeição intransferível, numa escolha: negando poder nos deixar padecer, provando acima de tudo, que somente Ele poderia nos alcançar, todos, sem exceção, independente do que faríamos com seu sacrifício diante da nossa breve vida aqui.

Podemos rejeitar tudo, acordar acreditando que cada nuvem no céu se forma automaticamente num sistema de acaso sem dono, olhar nosso rosto no espelho e engrandecer nossa beleza, nossas roupas, nossas capacidades e achar nisso tudo a força suficiente para mais um dia. E como diz meu pai “se não chover, tudo para no mundo: plantações, fábricas, morremos de sede”, mas ainda assim a misericórdia de Deus nos permite achar que tanto faz, que no fundo somos os donos de tudo e tudo depende de nós.
A absurda complexidade da liberdade que Deus nos propõe me espanta. Por vezes eu perguntei a Ele, porque não nos fez comandáveis e o mundo seria bem melhor?! Mas daí lembro de João capitulo 17, e me arrepia sempre: Ele ora por nós. Nós que escolhemos matá-Lo todos os dias em nossa consciência, Ele se compadece por ficarmos em nossas dúvidas, por sermos tão insanos, e nos dá um voto eterno de confiança de que podemos levar o Reino adiante. E o nosso constrangimento maior pode nos quebrar, se ousarmos ouvir a mais uma prova de nossa insignificância, quando Ele diz: “Pai, Perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23.34).

Podemos escolher viver sem Cristo, porque não sabemos o que fazemos. Não sabemos do mal que permeia nossas entranhas, não sabemos do que somos capazes, não sabemos que matando Deus, Ele não morre. Não sabemos do futuro que nos espera, de qual parte da vida nos pedirá contas, não sabemos como nos caíra o luto do dia mal, não sabemos qual normalidade do dia a dia resultará em mais uma tragédia do dia a dia. Não sabemos que quando alcançarmos tudo que desejamos, teremos que procurar outro tudo para correr atrás. Não sabemos que se todos vivessem na sombra desse Cristo, já teríamos conseguido subir aos céus, diante da plenitude que como humanidade alcançaríamos.

Cristo em sua grandeza vive. Como um pai em sua grande casa, fez tudo por nós, mas mantém a porta aberta para escolhermos ir ou ficar. Sentado em sua poltrona Ele nos olha demonstrando o quanto gostaria que ficássemos, mas não nos impede, a cada vez que pegando nossas trouxas de certezas existenciais inúteis, o tratamos com desdém saindo pela porta.

Continuo na grande casa. Bato uma porta às vezes, emburrada como quem se acha no direito de reivindicar. Olho a porta aberta e em alguns momentos até começo a fazer a minha trouxa, e quando junto tudo o que tenho, percebo que nada há de certo ali, no que vem apenas de mim. São roupas rasgadas pela vida, manchas de temperamento e histórico. Por ser pouca coisa, chega a parecer leve, soa liberdade, fácil de carregar, mas de tão fácil, vira inútil, insonso. Posso ir, mas fazer o que? Por quem? O que tenho de meu, mal cobre as minhas questões de existência, eu poderia ajudar como na existência de outro?

Eu poderia viver sem Cristo, teria minha rotina, faria exercícios, sairia, da mesma forma que faço com a vida nEle. Eu poderia ousar dizer que quero ser feliz, e sendo feliz comprovaria minha sublime razão de existência. Logo, se o cristianismo me impede dessa minha felicidade, eu não preciso dele. Mas só em escrever isso, milhões de questões sobre o que considero felicidade abrem um leque que peneira social nenhuma pode afunilar. A minha felicidade não resolve nada, porque ela se prostitui ao menor interesse ou conveniência, quando eu não me coloco no meu devido lugar de ser nada, sem Cristo.

Você, eu, todos podemos viver sem Cristo. Depende do que entendemos como viver, a razão disso, a razão do mal que permeia um mundo que se acha tão bom, mas não se comprova. São umbigos e egos demais travando a briga por um reinado. Cristo nos oferece um reino pronto, com ideias a sua imagem e semelhança, onde custa ficar, mas ainda é mais garantido do que uma vida que finge não nos cobrar nada.

Certa vez, num ápice de descontentamento perguntei ao meu pai, qual a diferença da vida dele antes e depois de Cristo? Ele me respondeu: “agora eu não me sinto sozinho”. Cristo continua sendo a única certeza que tenho, minha trouxa sozinha é vergonhosa, não quero vagar por aí só com ela. O bom é que Cristo não se importa de quem queira voltar com a trouxa para casa, pois foi consumado, abrindo caminhos de volta guiados por um amor que nos mostra quem somos de verdade. Ele não impede que saiamos, mas continua insistindo que voltar é a melhor liberdade que podemos provar.


*Correções Textuais por Keise Cristine Luz:

pkconsultingeventos@gmail.com

facebook.com/PKConsultingEventos

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Dias difíceis

Mesmo bons casamentos, famílias sustanças, igrejas exponenciais, amigos impagáveis, pastores ungidões, e tantas outras coisas fora-da-curva, têm seus dias onde tudo parece meio chato, sem graça.
Um tempo de verdadeira estiagem.

Todo mundo enfrenta tempos de seca. Sem chuva. Sem maná. Sem cordonizes. Sem balões. Sem foguetes. Sem beijos. Sem pamonhas. Sem rapadura com farinha. Sem emagrecer. Sem milagres. Sem renovações.

Nestes dias em que tudo corre tão comum e arranhando, pendure suas emoções na soberania e no cuidado do Eterno.
Persevere em obediência.
Continue fazendo o bem.
Siga amando.
Permaneça abençoando.

Descubra o que lhe abastece nos tempos de estiagem. Encha seu tanque com mangueira, balde, copo ou colherinha.
Melhor assim que o mimimi, o choramingar.

Na estiagem dê passos de generosidade criativa.

Pela fé, confie no Deus que diz: “Abrirei rios em lugares altos, e fontes no meio dos vales; tornarei o deserto em lagos de águas, e a terra seca em mananciais de água.” (Is 41.18).


PEREIRA, Jeremias. Postagem Facebook em 10/04/2017.
SILVA, Carlos R. Blog Café com Salvação

quarta-feira, 29 de março de 2017

Sua presença e nada mais

Rubem Amorese

Para que serve Deus? Para nada. Bem, pelo menos deveria ser assim. Deus deveria ser inútil. Explicando: Deus deveria ser nossa eterna fonte de prazer e gozo. Sem a necessidade de nos ser útil; sem que esse prazer dependesse de pedidos atendidos, problemas resolvidos, exercícios espirituais, teologias etc. Fomos criados para apenas “curtir” a sua presença, a sua amizade, a sua beleza, numa alegria e paz sem fim. Fomos concebidos para ser um com ele, assim como é o Filho com o Pai.

Sua presença apagaria todas as nossas preocupações, ansiedades, frustrações, medos, temores e coisas assim. Bastaria a nós estar com ele, plenos de felicidade; sem relógio, sem passado e sem ansiedades. Uma versão completa do pouquinho que experimentam amantes apaixonados, quando se encontram. Imagem pálida do amor que experimenta um pai quando pega sua filhinha no colo pela primeira vez: tudo para; tudo cala; tudo se resume aos dois.

Seria como quando a corça deixa de suspirar e encontra a corrente das águas (Sl 42.1). Seria como quando a criança desmamada se aquieta nos braços de sua mãe (Sl 131.2). Seria como se finalmente habitássemos “na casa do Senhor por longos dias” (Sl 23.6). Seria como quando nos víssemos diante da face de Deus (Sl 42.2). Ou como quando a trombeta tocasse e o noivo entrasse para as bodas (Mt 25). Seria como aquele dia em que nossas lágrimas fossem enxugadas em consolo definitivo (Ap 21.4).

E para que serviriam todos esses momentos inefáveis? Para nada, insisto. Pensar na utilidade deles seria amesquinhá-los, pois nossa alma secretamente anseia por eles. Sonhamos ver cada um deles transformados em estado permanente; o “estado de graça”. Finalmente, o peregrino chegaria ao seu destino; o que procura encontraria; ao que bate, abrir-se-lhe-ia; o que tem sede beberia; eternamente. E seríamos “felizes para sempre”.

Tudo isso estava à disposição de Elias, naquela caverna (1Rs 19.11-16). Ele havia determinado a seca e a chuva; havia vencido os profetas de Baal e humilhado os falsos deuses. Agora, exaurido e deprimido, lambe suas mágoas. Tal era a agitação de sua alma que Deus precisou esperar para lhe falar. E disse: “Elias, o que fazes aqui?” — fugindo de Jezabel, como quem teme a homens?

Quando as razões eclesiásticas, missionárias, funcionais — utilitárias, enfim — cessarem, o que será da nossa devoção de servos do Senhor?

Pastores, professores, missionários, presbíteros, diáconos, ministros e tantos outros “agentes do reino” precisam considerar o momento em que, eventualmente, entregarem ou perderem seus cargos e voltarem ao banco da igreja. O que serão e farão agora? Estranharão o seu Deus como um casal que se olha após o casamento do último filho? Após tanto tempo de dedicação aos filhos, agora, ninho vazio, olham um para o outro como estranhos? Não. Que essa eventual exoneração nos seja uma promoção honrosa — e deliciosa. Agora, Deus nos será companhia ainda mais próxima e verdadeira; presença constante, pessoal e íntima. O cálice que, finalmente, transborda.

Agora, sim, sem “para quês”, restarão encontros inesperados com o Amado de nossas almas. Sem relógios, sem esboços, sem demandas, sem agendas. Só nós e ele. Enquanto ele quiser que assim seja. E até que nos chame.


- - -   - - -   - - -   - - -
Texto publicado originalmente em :
http://ultimato.com.br/sites/amorese/2017/02/01/sua-presenca-e-nada-mais/

terça-feira, 28 de março de 2017

Amor incomparável


Deus, como pai amoroso, tem cuidados que excedem à nossa compreensão.
O amanhecer é prova disso.
É impossível permanecer indiferente diante do sol nascente. O astro rei, está ali, todos os dias, nos lembrando da Sua fidelidade e do novo começo que sempre renasce.

Pode ter sido a simples alegria ou até a esperança de um amanhecer que estimulou Jeremias a escrever: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lamentações 3:22,23).



Carlos R. Silva
28/03/2017

domingo, 26 de março de 2017

Teologia da Hiena

Como um cristão lida com a brevidade, os fardos e as baixas da vida sem ceder ao que eu chamo de “Teologia da Hiena”?
A hiena é a personagem Hardy, da série Lippy e Hard, desenho de Hanna-Barbera.
Hardy, uma hiena e Lippy, um leão, andavam sempre na companhia um do outro.

Hardy era uma hiena pessimista, em depressão, que nunca ria. O otimista Lippy, o leão, tentava animá-lo, "Calma, Hardy!", mas Hardy sempre saía com "Eu sei que não vai dar certo... Oh, dia, oh, céus, oh, azar...".

Hardy só vê o lado negativo de tudo. Um cristão com essa síndrome fará afirmações como estas: “Só tem pecado em todo lugar — até mesmo na igreja.”. “A situação está ruim, como nunca esteve.” “Como estou? - Indo!”.

Ao escrever o Salmo 90, Moisés estava melancólico, e meditava na tremenda distância entre a majestade eterna de Deus e a fragilidade humana. Nós lutamos, sofremos, pecamos, tememos a Deus e morremos (Sl 90.7-10). Isso é realmente depressivo, mas espere: Moisés não terminou este Salmo com o mesmo humor.

Como o profeta reagiu à Teologia da Hiena? Ele escreveu: “Satisfaze-nos pela manhã com o teu amor leal, e todos os nossos dias cantaremos felizes.” (Sl 90:14).

O amor leal de Deus é suficiente!
Como é possível alegrar-se em Deus?

Ao valorizarmos cada momento e constatarmos que a felicidade está em coisas simples, na refeição mais simples quando comemos em paz e desfrutamos comunhão uns com os outros.

Nos alegramos ao vivermos na glória da nossa redenção, que é a maneira maravilhosa como fomos comprados e libertos da tirania do sistema chamado mundo.

Quando vivemos a alegria das bênçãos em Cristo, livres do. urgente, do ter, do amontoar e conquistar, para viver uma gloriosa esperança, a da vida eterna com Deus.

Assim nos sentimos encorajados a orar como Moisés, pedindo pela bondade de Deus, nossa verdadeira segurança.
Isso nos levará a orar pedindo a Deus para dar-nos “sucesso em tudo o que fizermos”. (Sl 90.17)

O amor de Deus, a certeza da sua presença todos os dias serão suficientes para terminarmos bem o dia, a semana, a vida.




Carlos R. Silva

26 Março 2017





  • Fragmentos de EGNER, David. Pão Diário. Teologia do Bisonho, 2017. 
  • Biblia de Estudo NVI. Ed Vida.
  • Bíblia de Estudo NTLH. SBB.

sábado, 25 de março de 2017

O Mesmo Sermão

Daí em diante Jesus começou a pregar: "Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo". (Mateus 4.17).

Imagine-se ouvindo um mesmo sermão por semanas a fio. Parece estranho, mas talvez devesse ser assim, porque a Palavra de Deus diz “Sejam praticantes da palavra, e não apenas ouvintes”
(Tiago 1:22).
Que tipo de cristãos seríamos se tivéssemos colocado em prática todos os sermões que já ouvimos?

Conta-se a história de um homem que pregou um sermão impressionante, almejando ser o pastor de uma nova igreja. Todos gostaram da mensagem e votaram para que ele se tornasse o novo pastor. Todavia, ficaram um pouco surpresos quando ele fez a mesma pregação no primeiro domingo — e ficaram ainda mais surpresos quando a pregou na semana seguinte.

Após ministrar o mesmo sermão por três semanas seguidas, os líderes se reuniram com ele para saber o que estava acontecendo. O pastor lhes assegurou: “Sei o que estou fazendo. Quando vocês começarem a praticar este sermão, vou pregar o seguinte.”

Os sermões de Jesus tinham um tema notável que se repetia. Não é de se admirar que o Rei dos reis quisesse estar seguro de que as pessoas o entendiam, e o que era exigido delas para fazerem parte de Seu reino. Ele veio anunciar uma ordem totalmente nova, completamente diferente do modo como as pessoas viviam. Temas como o perdão, serviço aos outros, misericórdia e graça incondicionais estavam constantemente em Seus lábios.

Dois mil anos mais tarde, temos a necessidade de ouvir a mesma mensagem.
Quando nos arrependermos e vivermos sob a autoridade, o domínio e o governo de Jesus, nosso Rei, experimentaremos benefícios em nossa vida.
O nome de Jesus será glorificado e outros serão abençoados.

Um sermão somente estará completo quando for colocado em prática.


Carlos R. Silva
25 Março 2017



  • Adaptação e compilação de STOWELL, Joe. Pão Diário 2017. Mesmo Sermão. Ed Pão Diário
  • Bíblia de Estudo NVI. Ed Vida

terça-feira, 14 de março de 2017

Não existe almoço grátis

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2).

Certamente você conhece o dito popular: "esmola demais, o santo desconfia"!

Disserto, por alguns instantes, sobre como é fácil "não desconfiar". Este texto é um chamado à despertar para a realidade espiritual.

Durante uma aula, em uma universidade, um dos alunos, inesperadamente, perguntou ao professor:
‒ O senhor sabe como se capturam os porcos selvagens?
O professor achou que era uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem respondeu que não era uma piada, e com seriedade começou sua dissertação:

‒ Para capturar porcos selvagens, primeiro localiza-se um lugar na floresta que os porcos selvagens costumam frequentar, e ali coloca-se um pouco de milho no chão, diariamente. Assim, os porcos selvagens vêm diariamente para comer o milho "grátis" e, quando se acostumam a vir diariamente, você constrói uma cerca no entorno do local, onde eles se acostumaram a comer, um lado de cada vez.

Aí, quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam para comer o milho, e você constrói outro lado da cerca. Eles voltam a acostumar-se e voltam a comer. Você vai construindo a cerca no entorno, pouco a pouco, até instalar os quatro lados do cercado em torno dos porcos. No final, instala uma porta no último lado.

Os porcos já estão habituados ao milho fácil e às cercas e assim começam a vir sozinhos pela porta de entrada. É aí que você fecha o portão e captura a todo o grupo. Simples assim, no passo a passo, até que no último segundo os porcos perdem sua liberdade.

Eles começam a correr em círculos dentro da cerca, mas já estão presos. Depois, começam a comer o milho fácil e gratuito. Ficam tão acostumados a isso que esquecem como caçar por si mesmos, e por isso aceitam a escravidão. Mais ainda, mostram-se gratos com os seus captores e, por gerações, vão felizes ao matadouro. E nem desconfiam que a mão que alimenta é a mesma que lhes abate.

O jovem comentou com o professor que era exatamente isso que ele via acontecer no seu país, no seu estado, em sua cidade, com o seu povo.

Sirvo-me da história e construo um pequeno raciocínio com aplicação imediata para as nossas vidas.

É exatamente assim que o pecado faz conosco.
Sabendo-se que pecado é desacordo, falta ou violação, é preciso dizer que ele traz prazer, pois é alimento para a carne. Sem medo de errar: verdadeiro “almoço grátis”.

Somos inclinados a olhar a grama do vizinho, reclamar pelo que não temos e desejar o que não precisamos. Em qualquer área.

Somente que, chega um momento que, o que antes nos chocava, já não o faz mais. O que antes era perigoso, tornou-se até agradável. O que antes era pecado, já está moldado, com novas formas, nova roupagem e é aceito.

O que mudou? Nos conformamos, nos amoldamos aos padrões do mundo. O mundo é este sistema corrupto, que cauteriza a consciência, desumaniza a pessoa, prende a alma e fortalece a relação de inimizade para com Deus.

Sem percebermos, e mesmo apercebidos também, somos engolidos pela moda ditada na mídia, pela busca insana pelo corpo perfeito, pelo ter e conquistar descabidos. E assim, o perene toma o lugar do eterno!

Se não cuidamos, somos conquistados pelo sucesso fácil, em nome de uma religiosidade democrática e liberal, e nos acostumamos com o milho gratuito por tempo suficiente para alcançar a mansidão teológica, a mansidão doutrinária e a mansidão de princípios.

Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo". (1 Pedro 1:15,16).

Fuja da esmola, fuja do “almoço grátis”. Ele não existe!



Carlos R. Silva
14/03/2017


  • Texto da ilustração circulante nas redes sociais.  
  • Textos bíblicos: Bíblia Sagrada versões NVI e ACF.

quinta-feira, 9 de março de 2017

Eu, um semeador?


Vivemos os nossos dias, muitas vezes, sem perceber que, por onde andamos, estamos semeando.

Somos todos semeadores, sabendo ou não disso. Isto não é um processo somente no reino vegetal, pois há outras coisas que também chamamos de sementes. Semeamos a fé e semeamos a descrença, semeamos a luz e semeamos as trevas.

Toda semente é uma esperança. A semente é uma maravilha da criação, por menor que ela seja. O potencial da semente é enorme. Depois de morrer, ela desabrocha, cresce, ganha forma, faz nascer ramos, flores e frutos.

Tiago fala em semente e colheita:
“A bondade é a colheita produzida pelas sementes que foram plantadas pelos que trabalham em favor da paz. (Tg 3.18).

Os que plantam a semente da paz colherão justiça. Trata-se de um incentivo para se semear coisas boas. Sempre haverá semente boa e semente má. Em última análise, “quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem” e “o inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo” (Mt 13.37,39).

A questão é séria porque “quem semeia a maldade colhe a desgraça” (Pv 22.8). Ninguém deve se iludir, pois o ser humano “sempre colherá aquilo que planta”. “Se plantar a fim de agradar aos seus próprios desejos maus estará plantando as sementes do mal e logicamente fará uma colheita de ruína espiritual e morte” (Gl 6.7-8, NBV).

Carlos R. Silva | 09 Março 2017




Adaptação de Boa semente e boa colheita. Refeições diárias com os discípulos. Ed Ultimato.

sexta-feira, 3 de março de 2017

O Deus que vê

Grávida e desprezada Agar foge para o deserto.
Ninguém parecia se importar com ela e com o filho que esperava. Ninguém a procurou para certificar-se do seu bem-estar no deserto. Ninguém a não ser Deus, o El Roi — que quer dizer “Tu és o Deus que vê” (Gênesis 16:13).

Sara, esposa de Abraão, sentia-se como o elo fraco da cadeia de promessas de Deus para abençoar o seu marido com muitos descendentes.

Algumas promessas parecem grandes demais, boas demais para serem verdade, então, por um momento, nos esquecemos de quem é que está prometendo e ao invés de olhar para o caráter e para o poder de Deus, olhamos para as nossas limitações.

Por ser estéril, Sara aconselhou Abraão a ter filhos com a sua serva e construir uma família utilizando-se dela. Esta sugestão, ou melhor, esta ajuda para apressar o plano de Deus, que brotou em meio à pressão cultural de deixar herdeiros, trouxe somente problemas.

Quando ficou grávida, Agar passou a olhar para Sara com desprezo. A esposa da que seria a grande família era incapaz de gerar filhos. Sara maltratou tanto a Agar, que ela fugiu.

Agora, no deserto, enquanto Agar sente a miséria do seu passado e a incerteza do seu futuro, ela se encontrou com Deus, que a viu e cuidou dela.

El Roi, “O Deus que vê”, vê seu passado miserável, sua dor no presente, seu futuro incerto. Ele é tão atencioso que sabe até quando morre o menor dos pardais (Mateus 10:29-31).

Este é o Deus que o vê e cuida de você ainda hoje.
Mantenha os seus olhos no Senhor, ele não precisa da nossa ajuda para que seus planos aconteçam. Por outro lado, você nunca estará só, Ele sempre te vê.

Eis aí uma das formas lindas e maravilhosas de conhecer e saber sobre Deus:
El Roi, “Tu és o Deus que vê”.


Carlos R. Silva | 03 Março 2017



Adaptação e compilação: El Roi. Devocional Pão Diário 2017.


quarta-feira, 1 de março de 2017

Mais um dia

Tem dias que nos sentimos fortes como Josué e Calebe, prontos para a guerra.
Tem dias que preferimos nos esconder na caverna, como Elias.
Tem dias que queremos cantar e dançar, como Davi e Miriã.
Tem dias que queremos chorar, como Ana o fez.
Tem dias que temos fé como Abraão, fé para obedecer, vencer, saltar muralhas e derrotar exércitos.
Tem dias que elevamos os olhos para os montes e nos perguntamos: "De onde virá o meu socorro"?

Isso não quer dizer que sejamos fortes ou fracos, significa que somos humanos, limitados e dependentes de Deus.

Hoje, mais uma vez, independente do seu ânimo, Jesus está contigo.
Afinal, você não se lembra?
"E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos" (Mt 28.20), ele disse.
Que o Senhor Jesus te abençoe, te fortaleça e te ajude em mais um dia!

Bom dia!



Adaptacao:
 Carlos R. Silva - 01 Março 2017

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Nunca o Deixarei

Nunca o deixarei, nunca o abandonarei".
(Hebreus 13:5)


Nenhuma promessa tem uma interpretação pessoal. Qualquer coisa que Deus disse para um dos seus, Ele disse a todos. Quando ele abre a fonte para um, todos podem beber.
Tenha Ele dado a palavra a Abraão ou a Moisés, não importa, Ele deu a você, pois você é uma das sementes da aliança.

Do mesmo jeito que disse a Isaque, Deus te diz: “Não tenha medo, pois eu estou com você. Por causa do meu servo Abraão, eu abençoarei você” (Gênesis 26:24).

Não há bênção maior, nem nobre demais e nem uma misericórdia ampla demais à qual você não possa ser incluído.
Não há um riacho de Água Viva do qual você não possa beber. Se da terra verte leite e mel, coma o mel e beba o leite, você está incluído. Seja corajoso e acredite, lembrando-se do que Ele disse: “estarei com você; nunca o deixarei, nunca o abandonarei.” (Josué 1:5).

Nesta promessa, Deus dá tudo ao seu povo. “estarei com você”, companhia; “nunca te deixarei”, segurança; “nunca o abandonarei”;certeza!
Nada que seja atributo de Deus te será negado. Ele é poderoso? Creia nele, não há impossíveis para Ele. Ele é amor? Então te tratará com o seu favor, com misericórdia nova todos os dias.

Para resumir, não há nada que você precise, nada que você peça, quer você vai precisar agora ou na eternidade, nada enquanto vivo, nem nada quando morto, nada neste mundo, nada no próximo, nada agora, nem nada depois da ressurreição, nada há na eternidade que não esteja contido nestas palavras: “Não te deixarei, nem te desampararei.” (Hebreus 13:5).

Ao Senhor a honra, a glória e o louvor para sempre!


Carlos R. Silva | 24 Fev 2017


 Referências Bíblicas: NVI, NTLH e Almeida Corrigida.
 Adaptação de Dia a dia com Spurgeon. Charles Haddon Spurgeon. Min Pão Diário

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O meu amigo

Estive pensando sobre Abraão, que foi chamado de "amigo de Deus".

É interessante porque Enoque, que "andou com Deus" e foi levado por Deus para junto dele viver, não recebeu de Deus este título.
Porque não Noé, que "divinamente avisado", "temeu" e tornou-se "pregoeiro da justiça"?
Porque Davi não foi escolhido como predileto, uma vez que era o "homem segundo o coração de Deus"?
E Moisés? Porque não ele, que preferiu "sofrer com o povo de Deus em vez de desfrutar os prazeres do pecado"?

Essa distinção dada a Abraão tem tudo a ver com a sua fé.
"Sem fé ninguém pode agradar a Deus".
Uma fé que, mesmo pequena no início, cresce, uma fé que se torna robusta, uma fé corajosa, uma fé contínua, certamente agrada a Deus.

Deus chama de "meu amigo" um homem que abriu mão de tudo, tudo mesmo, por amor e temor a ele.
Abraão amou tanto a Deus que lhe deu (devolveu) Isaque, a sua promessa.
Com Abraão aprendo a amar o Deus da bênção mais do que as bênçãos de Deus.

Deus, num gesto de muito maior proporção é claro, amou tanto o mundo que lhe deu seu único Filho, Jesus! (Jo 3.16).
Esses dois tem muito em comum, por isso Deus chama Abraão de "meu amigo" (Isaías 41.8).


A Deus toda a glória!


Carlos R. Silva | 21 Fev 2017



Adaptação de O amigo de Deus. Refeições diárias com os discípulos. Ed Ultimato.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Tudo a Cristo

Respondeu Jesus: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra.” (João 14:23).

Aceitamos facilmente a ideia de Jesus como Salvador. Aceita-lo como Senhor é uma outra história.
Somos salvos ao aceitar a Cristo como nosso Salvador. Somos santificados ao aceita-lo como nosso Senhor.
Podemos fazer o primeiro sem pôr em prática o segundo.

Cristo não está dividido. Não podemos receber metade ou apenas um terço da pessoa de Cristo.
Quem tem o nosso coração por inteiro? Nossa agenda? Nossos amigos? Nossos filhos? Ou Jesus?

Vida cristã é mais do que simpatizar com uma causa, é discipulado. Ser discípulo é desafiador, mas é a única maneira de desfrutar totalmente deste relacionamento com o nosso Senhor, a saber, Jesus Cristo.
“Meu Pai o amará, nós viremos a ele e faremos nele morada. (João 14:23).
A Jesus a honra, o louvor e a glória!


Carlos R. Silva | Meditações | 8 Fev 2017

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Paixão Espiritual

Texto bíblico: Apocalipse 2:1-7

Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor. (Ap 2.4)

Por que a paixão espiritual desaparece com facilidade?
Ao experimentarmos pela primeira vez o amor de Deus, investimos horas lendo e estudando Sua Palavra e falando dele aos outros.
Ele é o nosso assunto para todas as horas.
De repente, nossas agendas lotadas diminuem lentamente nossa paixão. Nosso anseio por Jesus e o estudo de Seu caráter se tornam um olhar ocasional.
Aquele desejo de aprender e ser como ele já não é mais tão intenso como antes.
Com certeza não foi Ele, o objeto da nossa afeição, que mudou!

A igreja de Éfeso lutou para manter sua paixão espiritual. Por meio de João, Jesus queria ajudá-los a restaurar e manter seu amor e zelo por Ele. Embora elogiasse aquela igreja por seu trabalho, Jesus viu que eles abandonaram o seu primeiro amor — isto é, o próprio Jesus (Apocalipse 2:4).

Os efésios tinham perdido sua paixão por Jesus, e a igreja se tornou fria e mecânica.
Certamente foi porque eles permitiram a entrada dos males invisíveis da religiosidade e das muitas atividades em seu coração. O que quer que tenha sido, algo roubou-lhes a afeição inicial que tinham pelo Senhor.

Você permitiu que algo roubasse a sua paixão?
Se isso já ocorreu, saiba que ela poderá ser restaurada e mantida, quando lembrar-se do maravilhoso amor demonstrado por você no Calvário.
Arrependa-se das suas atitudes pecaminosas e destituídas de amor e, por amor a Jesus, repita as obras que praticava no princípio (Ap 2.5).

"Devoção a Jesus é a chave para a paixão espiritual",

por Marvin Williams ( www.paodiario.org) | Carlos R. Silva (adaptações)

sábado, 7 de janeiro de 2017

Jesus, o Deus entre nós

Porque a humanidade prefere um Deus distante, invisível ou nenhum Deus?

Quando o choro foi ouvido no estábulo de Belém, sob os cuidados de Maria e José, chegou um bebê enrugado e indefeso.
O universo estava em mudança. Pela primeira vez, o Deus e Criador que antes havia e era somente ouvido, agora podia ser visto e tocado. Tudo que ele era, agora ocupava a carne; acessível, palpável, vulnerável.

Portanto, é engraçado preferirmos o Deus distante e invisível. Temos dificuldade com o Deus que é carne. 
Preferimos nos confrontar com princípios, dogmas e ideias do que ouvi-lo nos chamar para ele como uma pessoa.
Não foi esta a maneira que Deus quis. Jesus, o ponto de divisão do tempo, podia ser tocado, e ele nos pôs em contato com Deus.

Por isso o vemos indo a toda parte, tocando as pessoas, mesmo aqueles que, até aquele momento, eram intocáveis. Ironicamente, os relatos também mostram que aqueles que foram tocados por ele, não entenderam quem ele era. Até seus seguidores mais próximos muitas vezes ficaram incertos.

Jesus é a "imagem do Deus invisível" (Cl 1.15).

Graças a Jesus, Deus tem um rosto. Ele é a resposta a indagações sobre como Deus é? Como ele reage às mesmas coisas que nós?
Graças a Jesus nunca mais pensaremos num Deus distante, pois nele, Deus esteve conosco, comeu como um de nós, chorou como choramos e sentiu dor como sentimos.

Para isso, "esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens." (Fp 2:7).
Essa é a maior prova de um Deus amoroso que pode ser chamado de Pai.


Carlos R. Silva
7 Janeiro 2017



Referências:
1. ERWIN, Gayle D. O Estilo de Jesus. Shedd Publicações. Ed. OBPC
2. Bíblia de Estudo NVI, Ed. Vida



quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Lembranças e Resoluções para Mudar a Vida

Ano Novo traz as costumeiras retrospectivas.
Elas são boas. Ajudam-nos a detectar muita coisa boa mas também as ruins.
O processo de lembranças é altamente instrutivo e pode nos ajudar a comemorar sucessos e também corrigir deficiências.
Com o tempo muita coisa muda. Construções, pessoas, acontecimentos e lugares também passam.
Seria bom se alguns eventos se repetissem. É por isso que tiramos fotos. É a tentativa de eternizar o momento. E existem também alguns momentos que desejaríamos esquecer.
Mas a vida segue firme, não se detém. Ela alegra, mas também machuca, não pede licença e nem desculpas.
A vida não para, impossível de ser detida, não dá para pedir tempo. Foi assim em 2016.

1. As Lembranças que Gostaríamos de Esquecer

Algumas lembranças são um problema. Dores, quedas, traições e feridas que parecem que nunca vão cicatrizar. O profeta Jeremias tinha lembranças que doíam:

"Lembro-me da minha aflição e do meu delírio, da minha amargura e do meu pesar.
Lembro-me bem disso tudo, e a minha alma desfalece dentro de mim.” (Lm 3.19-20).

Isso doía tanto que ele disse: “Tirou-me a paz” (Lm 3.17). Feridas emocionais não curadas doem muito. Tiram a paz. Deixam dor, medo, desconfiança, até ódio.
Jeremias sentiu a dor: “É por isso que eu choro; as lágrimas inundam os meus olhos. Ninguém está por perto para consolar-me, não há ninguém que restaure o meu espírito.” (Lm 1.16).

O choro serve como a válvula da panela de pressão emocional, dá um alívio, mas não consola. Podemos nos queixar, falar um monte, mas somente isto não adianta.

2. As Lembranças que Gostaríamos de Reviver

Na dor Jeremias descobriu a força necessária. Tinha lembranças ruins, mas havia uma muito boa:

Todavia, lembro-me também do que pode me dar esperança:
Graças ao grande amor do Senhor é que não somos consumidos, pois as suas misericórdias são inesgotáveis.
Renovam-se cada manhã; grande é a sua fidelidade!
Digo a mim mesmo: A minha porção é o Senhor; portanto, nele porei a minha esperança.
O Senhor é bom para com aqueles cuja esperança está nele, para com aqueles que o buscam;
é bom esperar tranquilo pela salvação do Senhor.
(Lm 3.21-26)

Nas suas lembranças, o cristão tem uma recordação que lhe embala a esperança: a misericórdia do Senhor. Deus tem para todos os seus filhos a sua graça, o seu amor e a sua bondade.

Descanse na misericórdia de Deus. Confie na sua graça. Sempre haverá esperança, porque as misericórdias do Senhor “renovam-se cada manhã” . Cada dia Deus tem uma porção nova de misericórdia para você.

Ele não é um Deus distante. Ele se mistura contigo, entra na sua história, sente a sua dor. 

3. Resoluções para o Novo Ano. O que Vai Mudar a sua Vida?

Experimentamos uma agitação pelo ano que se inicia. A agitação é porque necessitamos de esperança. Ah se pudéssemos começar tudo de novo, corrigindo os erros que cometemos, evitando as injustiças que sofremos, superando as dores que tivemos!

Como seria bom zerar a vida e recomeçar com novas possibilidades! E, quem dera, se Deus quiser, em Dezembro de 2017 o balanço seja totalmente diferente do que fazemos hoje.

A ideia de um novo ano permite isso. É como se nos tornássemos uma folha em branco, vazia, e pudéssemos reescrever a vida a partir do dia 1º de janeiro. Precisamos sonhar que as coisas melhorarão. Esperança está entrelaçada com sonho. Precisamos querer e pensar que tudo será diferente e que, no tic-tac do relógio, haverão mudanças para melhor.

Alguém poderá dizer: puro engano! Nossos medos, nossas dúvidas, incertezas e angústias estarão no mesmo lugar. Não mudará nada!

Não mudará nada se continuarmos os mesmos. A maior mudança na nossa situação não se dá por mudanças externas, por algo que aconteça ao nosso redor. Nem Deus dará jeito se nós não permitirmos. Permita-se ser mudado!

A mudança deve vir de dentro. Se o ano que finda foi bom, tudo bem. Poderá ser melhor. Mas se não foi, não espere mágica. Tome decisões que transformem a sua vida, trabalhe duro para ter um novo ano muito feliz.

O novo ano poderá ser diferente, melhor que todos, se na sua vida acontecer pelo menos o seguinte:

1. Submeta-se radicalmente a Jesus Cristo. Não basta chama-lo de Senhor. É preciso fazer a vontade de Deus o Pai celestial. (Mt 7.21). Quem tem um senhor não é mais dono de si mesmo. Mergulhe, não fique na margem com água pelos pés!

2. Deixe sua vida ser conduzida pelo Espírito Santo. O único guia do cristão é o Espírito Santo. Dele Jesus disse: “quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. (Jo 16.13). Seu guia não são os amigos, por mais bem intencionados que sejam, não é o horóscopo. Seu guia não é a leitura de mãos, nem os búzios, nem as cartas. Seu guia não são os profetas do caos. Seu guia é o Espírito Santo, o Espírito da verdade.

3. Quebrante-se. As coisas vão mudar se você se quebrantar ao pé da cruz e clamar por transformação. Não há transformação sem cruz. Mas é maravilhoso saber que Deus não rejeita “um coração quebrantado e contrito”. (Sl 51.17). 

Bem, essa foi a parte teológica das resoluções. Há algumas atitudes que precisam ser tomadas e que farão toda a diferença. Todas elas são recomendadas pela Bíblia Sagrada.

1. Dome o seu temperamento. Se não consegue fazer isso, você deveria orar seriamente a Deus, e permitir que o Espírito Santo opere totalmente na sua vida para que o fruto do espírito se manifeste de verdade em você. (Gl 5.22).

2. Mude seu jeito de tratar as pessoas. Seja mais leve, menos dono da razão.

3. Mude sua visão do mundo. Ele não é tão bom como dizem, pois “o mundo todo está sob o poder do Maligno.” (1Jo 5:19). Por outro lado, nem tudo está perdido, ainda há esperança. Seja você também esperança para o mundo. O mundo “espera a manifestação dos filhos de Deus.” (Rm 8:19).

4. Trabalhe menos e viva mais. Passe mais tempo com a sua família. Lembre-se de cuidar bem da “herança” que o Senhor te deu. (Sl 127.3).

5. Renove o seu homem interior, com a ajuda do Espírito Santo. (2Co 4.16).

6. Consagre-se mais a Deus. Deseje desfrutar mais da presença de Deus a ponto de querer morar na “casa do Senhor” (Sl 27.4).

7. Seja mais crente, tenha mais fé, seja menos materialista. Siga o conselho do apóstolo Paulo: “Assim, fixamos os olhos, não naquilo que se vê, mas no que não se vê, pois o que se vê é transitório, mas o que não se vê é eterno." (2Co 4:18).

Portanto, não perca o alvo. Olhe para frente como quem quer mudanças. Olhe "para Jesus, autor e consumador da fé” (Hb 12.2). O nosso modelo de esperança.

E assim, 2017 será diferente, cheio de esperança e terá muitas mudanças para melhor.

Feliz Ano Novo!

Carlos R. Silva
01 Janeiro 2017

Referências:
· Bíblia de Estudo NVI, Ed. Vida
· COELHO FILHO, Isaltino G. Olhando prá Frente, Artigos.